Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

JULIA STUDART

( Ceará – Brasil )

(Fortaleza, 1979)  publicou Wittgenstein e Will Eisner – se numa cidade suas formas de vida (Lumme Editgor, 20060, Livro segreo e infâmia (Editora da Casa, SC, 2007) e Marcoaurélio!, plaqueta com a artista Milena Travassos (Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, CE, 2006).
É co-autora do documentário Só tenho um norte:, sobre Cleber Teixeira e a editor Noa Noa. 
É aluna do Programa de Pós-graduação em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina, com pesquisa de doutorado a partir das linhas narrativas de Gonçalo M. Tavares.
Na internet, pode encontrada em Germina Literatura.



POETAS DE HOJE EM DIA(NTE).  Org. Priscila Lopes e Aline Gallina.  Florianópolis: Letras Conntemporâneas, 2009.   157 p.                    Ex. bib. Antonio Miranda

 

Marcoaurélio!


um

Tocar o precário
Bulir o meu cadáver
E desnudar,
atogymnoún,
desnudar as coisas como
quando se de cima bem do alto
olhar para baixo
de muito alto, kathorán
Eu disse: kathorán

Arrancar das coisas as aparências
de que mais se orgulham
Remover os ornamentos
inteiros
Enquanto carne, o que sou?.
um estóico me diz
Sou de lama
sou de sangue
de osso
de nervo
de veia
de artéria

Sopro
Apenas
um
sopro



dois

O problema talvez consista
em descer quando descer
de que maneira descer
Girar o corpo,
não girar o corpo assim tão rápido
Impulsionar o corpo inteiro
Desabar e medo
Um estado de náusea
pode atingir tão mais cruel que a dor,
ele disse
Depois, um estado de ânsia,
vertigem
E desabar em medo
Como em medo
Como se impor o imediato limite,
o horror

 

três

Mas o problema talvez esteja exato
no momento da descida
Ou o instante preciso
Mesmo se ainda insiste,
esta força
de sucção
que impõe desaparecer o corpo,

engarrafar o corpo?

Esta sucção violenta

 


Ploft

 
ao Evandro, amigo


I.

Ela saiu do divã
particularmente
cansada:

São todos uns loucos
e eu não seria menos
extravagante,
ela disse

apenas gosto
(e finjo que me satisfaço
com o que sobra,
o resto)
mas gosto é do estalejar delas
jabuticabas
no céu da boca
ploft

2.

Eu costumo dormir
enquanto você fala
excessivo

recuperar o fôlego
e ploft

prefiro o som delas
jabuticabas
no céu da boca
ficar acordada
enquanto ploft ploft ploft

arrebentar
para
dentro

3.

Você nunca me enganou
com essa conversa frouxa
ploft
com essa fala mansa
e consumada

(Freud também era bom
em preencher os vazios
com associações)

e daí?

Depois,
pus vasos
de orquídeas
no meio do vazio

e roubei uns pedaços
do que vocês escreve

o que me diz?

4.

Recuperar o fôlego,
outra vez
e ploft
ploft

5

Não se faça de tolo,
doutor,
a loucura,
é essa coisa do mundo

 

*

 

 

VEJA e LEIA  outros poetas do CEARÁ em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/ceara/ceara.html

 

Página publicada em agosto de 2022


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar